AUGUSTA, avó, que para nós é a nona (avó em italiano), filha de italianos de Vittorio Veneto (Itália) que chegaram para uma nova vida no Brasil.
Casou com seu primeiro namorado, que morreu cedo, com 43 anos, vítima de apendicite.
E se viu sozinha com 8 filhos.
E não se intimidou. Tinha uma chácara com verduras, frutas, galinhas, que vendia para sustentar a família.
Muito religiosa, ia à missa todos os domingos, e diariamente rezava o Angelus e antes de dormir o terço.
Muito simples no falar, no vestir. Nunca um gesto brusco.
Nos seus últimos anos escolheu nossa casa e em 15 de setembro de 1977 serenamente recebeu a extrema unção e partiu rezando o pai nosso nos braços do meu pai.
HOJE sempre relembramos algumas histórias, motivo de boas recordações e risadas. Partiu mas ainda continua em meu coração.
Como diz a canção Anjo Velho: só, enquanto eu respirar eu vou lembrar de você, só enquanto eu respirar...”
Minha nona, Augusta Dal cin Botteon 23/07/1882 15/09/1977 |
RECORDAÇÃO: Áudio da Nona gravado em 1975
a partir da esquerda Giacomo Dal cin, Augusta (13 anos) Ana Lorenzini, João Dal Cin, Maria Dal cin e Adelmo Ferreti, a criança de colo Celeste Dal cin e o menino Jacob Dal cin (1895) |
Porto de Gênova - Itália |
Bairro do Brás Largo e Matriz (1860) Pintura de Benedito Calixto de Jesus |
Estação da Luz (1880) Pintura de Benedito Calixto de Jesus |
A nova hospedaria começou a ser construída em junho de 1886. Projetada para receber 3 mil imigrantes, em épocas de constantes e intensos fluxos migratórios, chegou a comportar 10 mil pessoas. Os primeiros imigrantes a passarem pela hospedaria a viram ainda em construção, no ano de 1887 (tiveram que ser transferidos devido uma epidemia de varíola no prédio do Bom Retiro). Finalmente foi concluída e inaugurada oficialmente, em 1888.
Antonio Botteon e Augusta Dal cin Botteon (1904) |
da esquerda para direita filhos de Augusta Alberto, Mário, Francisco, José, Yolanda, Helena, Maria e Teresa |
Augusta e netas |
Francesco Botteon e Teresa Denardi Botteon |