"A música é a essência da ordem. Eleva todas as almas para o que é bom, justo e belo (Platão)".
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Assisti ao vídeo e comovida pela reação do menino de 2 anos tive a curiosidade de conhecer mais sobre a composição Sonata ao Luar de Ludwing Van Beethoven (17/12/1770 - 26/03/1827).
A música desperta na alma impressões, e melhor do que a palavra representa o movimento, que é uma das leis da vida; por isso ela é a própria voz do mundo superior.
Claro que, unida a palavras mal intencionadas, mal educadas, a música não é mais do que um instrumento de perversão, um veículo de torpeza que precipita a alma nas baixas sensualidades, corrompendo os costumes.
Devemos refletir para a qualidade da música que estão nos ofertando no rádio, na tv, na internet e começar a alimentar nossa alma com músicas que expressem boas palavras e a beleza da vida apesar de todas os obstáculos e dificuldades que encontremos em nossa caminhada.
Quem de nós não teve um momento de extremada dor?
Quem nunca sentiu, em algum momento da vida, vontade de desistir?
Quem ainda não se sentiu só, extremamente só, e teve a sensação de ter perdido o endereço da esperança!
Nem mesmo as pessoas famosas, ricas, importantes, estão isentas de terem seus momentos de solidão e profunda amargura...
Foi o que ocorreu com um dos mais reconhecidos compositores de todos os tempos, chamado Ludwig Van Beethoven, que nasceu no ano de 1770 em Bonn, Alemanha, e faleceu em 1827, em Viena, na Áustria.
Beethoven vivia um desses dias tristes, sem brilho e sem luz. Estava muito abatido pelo falecimento de um príncipe da Alemanha, que era como um pai para ele.
O jovem compositor sofria de grande carência afetiva.
O pai era um alcoólatra contumaz e o agredia fisicamente. Faleceu na rua, por causa do alcoolismo.
Sua mãe morreu muito jovem.
Seu irmão biológico nunca o ajudou em nada, e, além disso, cobrava-lhe aluguel da casa onde morava.
O pai era um alcoólatra contumaz e o agredia fisicamente. Faleceu na rua, por causa do alcoolismo.
Seu irmão biológico nunca o ajudou em nada, e, além disso, cobrava-lhe aluguel da casa onde morava.
A tudo isto soma-se o fato de sua doença agravar-se. Sintomas de surdez começavam a perturbá-lo, ao ponto de deixá-lo nervoso e irritado.
Beethoven somente podia escutar usando uma espécie de trombone acústico no ouvido, o que seria para nós, hoje, um tipo de aparelho auditivo.
Ele carregava sempre consigo uma tábua ou um caderno, para que as pessoas escrevessem suas idéias e pudessem se comunicar, mas elas não tinham paciência para isto, nem para ler seus lábios.
Notando que ninguém o entendia nem o queriam ajudar, Ludwig se retraiu e se isolou. Por isso conquistou a fama de misantropo.
Foi por todas essas razões que o compositor caiu em profunda depressão.
Chegou a redigir um testamento dizendo que ia se suicidar.
Chegou a redigir um testamento dizendo que ia se suicidar.
Mas como nenhum filho de Deus está esquecido, vem a ajuda espiritual através de uma moça cega, que lhe fala quase gritando.
Ela morava na mesma pensão pobre, para onde Beethoven havia se mudado, e daria tudo para enxergar uma noite de luar...
Ao ouvi-la Beethoven se emociona até as lágrimas...
Afinal, ele podia ver! Ele podia escrever sua arte nas pautas...
A vontade de viver volta-lhe renovada e ele compõe uma das músicas mais belas da humanidade: SONATA AO LUAR (Sonata para piano nº 15, Op. 27 nº 2)
No seu tema, a melodia imita os passos vagarosos de algumas pessoas.
Possivelmente os dele e os dos outros que levavam o caixão mortuário do príncipe, seu protetor.
Possivelmente os dele e os dos outros que levavam o caixão mortuário do príncipe, seu protetor.
Olhando para o céu prateado de luar, e lembrando da moça cega, como a perguntar o porquê da morte daquele mecenas tão querido, ele se deixa mergulhar num momento de profunda meditação transcendental...
Alguns estudiosos de música dizem que as três notas que se repetem insistentemente no tema principal do 1º movimento da Sonata, são as três sílabas da palavra por quê? ou outra palavra sinônima, em alemão.
Anos depois de ter superado o sofrimento, viria o incomparável HINO À ALEGRIA, DA 9ª SINFONIA, que coroa a missão desse notável compositor, já totalmente surdo.
Hino à alegria expressa a sua gratidão à vida e a Deus por não haver se suicidado.
Tudo graças àquela moça cega que lhe inspirou o desejo de traduzir, em notas musicais, uma noite de luar...
Usando sua sensibilidade Beethoven retratou, através da melodia, a beleza de uma noite banhada pelas claridades da lua, para alguém que não podia ver com os olhos físicos...
Hino á alegria da 9ª Sinfonia
(convite ao amor entre os homens de boa vontade)
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