quarta-feira, 18 de março de 2020

Avalokiteśvara, o Buda da Suprema Compaixão










Mantra da Compaixão

Os ensinamentos explicam que cada uma das seis sílabas do mantra

 – OM MA NI PAD ME HUM – 


OM - abençoa-te, para atingir a Perfeição na prática da Generosidade.

MA - Ajuda a conseguir a Perfeição na prática da Ética pura.

NI - Ajuda a atingir a Perfeição na prática da Tolerância e Paciência.

PAD - Ajuda a conquistar a Perfeição na prática da Perseverança.

ME - Ajuda a conquistar a Perfeição na prática da Concentração.

HUM - Ajuda na conquista da Perfeição na prática da Sabedoria.

A Senda das Seis Perfeições é o Caminho de todos os Budas.

"Eu entendo-te... e quando não te entendo, eu aceito-te.

E acima de todas as coisas, eu respeito-te."



Este mantra para Avalokiteshvara Compassiva é poderoso e edificante.

Recitando uma mala deste mantra 108 vezes por dia vai despertar habilidades dentro de você e beneficiar sete gerações de seus descendentes.

Este mantra vai acalmar seus medos, aliviar as suas preocupações, curar seu coração partido e responder a todas as suas orações.

Visualize Avalokiteshvara irradiando feixes de luz como você recita.

Cante o mantra em voz alta, quanto você se banhar, quando você se prepara para o dia, quando você sentir uma sensação de perigo ou quando você está esperando por alguém.

Você pode cantar a qualquer momento em qualquer lugar. Recite em voz alta ou silenciosamente dentro de sua cabeça.

Não se preocupe com a pronúncia. O que é importante é a sua motivação pura.

Sempre canto com o pensamento de beneficiar os outros.



O mantra para Avalokiteshvara  tem um efeito poderoso e especifico para produzir transformações em níveis diferentes do nosso ser. 

As seis sílabas purificam por completo as seis emoções negativas, que são a manifestação da ignorância e que nos fazem agir negativamente com nosso corpo, fala e mente, criando desse modo o samsara e nosso sofrimento nele. 

Orgulho, ciúme, desejo, ignorância, ganância e ódio são transformados pelo mantra na verdadeira natureza de cada um deles: as sabedorias das seis famílias búdicas que se tornam manifestas na mente iluminada.

Assim quando recitamos o mantra OM MANI PADME HUM, as seis emoções negativas que são a causa dos seis reinos do samsara, são purificadas. 

Desse modo, recitar as seis sílabas previne o renascimento em cada um desses seis reinos, e também dissolve o sofrimento inerente a cada reino. 

Ao mesmo tempo, a recitação OM MANI PADME HUM purifica os agregados do ego – os skandhas – e aperfeiçoam os seis tipos de ação transcendental do centro da mente iluminada, as paramitas

  • generosidade (Dana)
  • ética (Shila)
  • paciência  (Kshanti)
  • o esforço (Virya)
  • concentração (Dhyana)
  • sabedoria (Prajna).

 Esses paramitas ou Perfeições  são os meios pelos quais o Buda nos guia da margem mundana do mundo para a outra margem da Terra Pura.
  
Das Seis Perfeições acho que o mundo e principalmente o Brasil carece de “Shila”, ética, para que nossas ações sejam carregadas de alinhamento moral e possam ser direcionadas segundos princípios de Prajna, ou seja, sabedoria, a Sabedoria Infinita de Buda. 
Agindo com ética já é um grande passo para vivermos o Budismo em nossas vidas pois a ética garante que nossa ações sejam retas. 
Se a cada vez que temos que tomar uma ação seja em relação aos amigos, família, escola… que seja embasado nas ética que Buda nos apresenta e é resumida pelos outros paramitas, paciência, concentração, esforço, generosidade e sabedoria.




Também se diz que OM MANI PADME HUM assegura forte proteção contra todo tipo de influencia negativa e varias formas de doença.

Com freqüência HRIH, a “silaba semente” de Avalokiteshvara, é acrescida ao mantra pra fazer OM MANI PADME HUM HRIH. Essência da compaixão de todos os budas, HRIH é o catalisador que ativa a compaixão dos budas para transformar nossas emoções negativas na sua natureza de sabedoria.








O nome Avalokiteśvara é composto das seguintes partes:



ava, prefixo verbal que significa "abaixo"

lokita, particípio passado do verbo lok ("notar, observar, contemplar"), que aqui se usa no sentido ativo (uma irregularidade ocasional na gramática sânscrita) 

īśvara, "senhor", "governador", "soberano" ou "amo". De acordo com as regras de sandhi, īśvara derivando em eśvara.

Ao combinar estes elementos nos resta: "o senhor que olha para baixo (o mundo)". A palavra loka ("mundo") não está presente no nome, mas se entende como implícita.



Um bodhisattva (em sânscrito bodhisattva)  é aquela pessoa que está adiantada ou pronta para alcançar  o  estado de Buda  movida por grande compaixão gera bochicitta  (desejo espontâneo) de atingir o status de Buda para beneficio de todos.


O bodhisattva  é aquela pessoa que mesmo adiantada ou  ou pronta faz voto de só alcançá-lo plenamente quando nenhum ser estiver mais no samsara  (sânscrito devanagari)  pode ser descrito  como o fluxo incessante de renascimentos através dos mundos, experimentado pelos seres sencientes.


Samsara (em sânscrito devanagari) =   perambulação pode ser descrito como o fluxo incessante de renascimentos através dos mundos, experimentado pelos seres sencientes.

Senciência é a capacidade dos seres de sentir sensações e sentimentos de forma consciente, em outras palavras: é a capacidade de ter percepções conscientes do que lhe acontece e do que o rodeia.

A palavra senciência é muitas vezes confundida com sapiência, que pode significar conhecimento, consciência ou percepção. 

Essas palavras podem ser diferenciadas analisando-se suas raízes latinas: sentire é "sentir" e sapere é "saber"

Senciência, portanto, é a capacidade de sentir.




A ligação entre o Buda Avalokiteshvara e o Buddha Amitaba é expressa por uma parábola que diz que o bodhisattva, ao ver o sofrimento nos infernos, fez o voto de só atingir a iluminação quando os esvaziasse. 


Amitaba então perguntou que castigo ele receberia se falhasse e Avalokiteshvara  (o senhor que olha para baixo "o mundo") lhe respondeu que poderia lhe partir a cabeça ao meio se não o fizesse. 

Imediatamente, começou a retirar os seres dos infernos e trabalhando incessantemente, conseguiu esvaziá-los. 

Porém, tão logo se apresentou a Amitaba, os infernos estavam repletos, pois apenas os humanos recentemente mortos eram suficientes para enchê-los.

Amitaba então bateu em sua cabeça e ela se partiu, nascendo em seguida mais cabeças e mais braços, para que Avalokiteshvara pudesse ver e acudir o número imenso de seres presos nos infernos e no samsara. 

Essa pequena história retrata a compaixão providente dos budas, que mesmo diante de nossos compromissos mais estranhos - partir a cabeça, por exemplo - podem extrair benefício a todos.


Encontra-se na iconografia budista imagens de Avalokiteshvara com mil braços e cabeças.



Amitaba -  (do sânscrito amitaabhaum dos cinco Budas  da Meditação. 
É o buda principal da família de Lótus (em tibetano: Pema), da direção Oeste, de cor vermelha, que purifica o carma do desejo. 
O seu animal associado é o pavão e seu elemento, o fogo. 
Seu agregado é a percepção. 
Representa a sabedoria discriminativa dos budas. 
Sua sílaba sagrada em tibetano é hri. 

Amitaba tem um especial comprometimento com a iluminação de todos os seres, sendo conhecido como o buda da transferência da consciência na hora da morte e da passagem pelo bardo, sendo objetivo dos que o cultuam alcançar a iluminação ou renascer na Terra Pura de Amitaba, onde se alcançaria a iluminação.











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