sábado, 28 de outubro de 2017

Ser amado ou ser útil?

Para  refletirmos:


“Você ter utilidade pra alguém é uma coisa muito cansativa. Ta certo, realiza.

Humanamente falando é interessante você saber fazer as coisas, mas eu acredito que a utilidade é um território muito perigoso, porque muitas vezes a gente acha que o outro gosta da gente, mas não. 

Ele esta interessado naquilo que a gente faz por ele. E é por isso que a velhice é esse tempo que passa a utilidade e aí fica só o seu significado como pessoa. 

Eu acho que é um momento que a gente purifica, né?

É o momento em que a gente vai ter a oportunidade de saber quem nos ama de verdade. Porque só nos ama, só vai ficar até o fim, aquele que depois da nossa utilidade, descobrir o nosso significado.

Por isso eu sempre peço a Deus, sabe? Sempre faço à Ele esta oração “Poder envelhecer ao lado das pessoas que me amem”.

Aquelas pessoas que possam me proporcionar a tranquilidade de ser inútil, mas ao mesmo tempo, sem perder o valor. 

Quando eu viver aquela fase na vida: põe o Pe. Fábio no sol… Tira o Pe. Fábio do sol… 

Aí eu peço à Deus sempre a graça de ter quem me coloque ao sol, mas sobretudo, alguém que venha me tirar depois. 

Alguém que saiba acolher a minha inutilidade. Alguém que olhe pra mim assim, que possa saber que eu não sirvo pra muita coisa, mas que eu continuo tendo meu valor.

Porque a vida é assim, minha gente, fique esperto, viu? 

Se você quiser saber se o outro te ama de verdade, é só identificar se ele seria capaz de tolerar a sua inutilidade. 

Quer saber se você ama alguém? pergunte a si mesmo: quem nessa vida já pode ficar inútil pra você, sem que você sinta o desejo de jogá-lo fora? 

É assim que descobrimos o significado do amor. 

Só o amor nos dá condições de cuidar do outro até o fim. Por isso eu digo: feliz aquele que tem ao final da vida, a graça de ser olhado nos olhos e ouvir a fala que diz: 

“você não serve pra nada, mas eu não sei viver sem você”.”








domingo, 30 de abril de 2017

Valer a pena.



A vida é a arte de amar, buscar e encontrar,
mas também de se perder ,
sentir e sobreviver.

Perceber que em algum momento o tempo passou
e os instantes vividos jamais esquecidos,
ás vezes com alegria,  outras vezes com muita dor.

A  dor que precisa ser vivida, purgada
para abrir espaços e deixar o amor entrar.

E o que ficam são as marcas
no coração e na alma da vida
de cada um que por mim passou.

A verdade é que entre uma experiência e outra
vou procurando o meu equilíbrio,  não importam os rumos
e muito menos o lado da  balança que pesou.

porque entre razões e emoções a saída é sempre valer a pena.






A gente não pode ter tudo
Qual seria a graça do mundo se fosse assim?

Por isso prefiro sorrisos
E os presentes que a vida trouxe
prá perto de mim.

(Trem Bala - Ana Vilela)




domingo, 23 de abril de 2017

Deu praia.







Acordo cedinho e da janela já vejo o mar se espreguiçando

E o sol vai se levantando devagar, sem pressa.

E eu também vou chegando...

A areia amanhece sem marca de nenhum pé.

Ondas mansas convidam para o mergulho 

E eu vou.



sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Musica que toca ao coração

"A música é a essência da ordem. Eleva todas as almas para o que é bom, justo e belo  (Platão)".






Assisti ao vídeo e comovida pela reação do menino de 2 anos tive a curiosidade de conhecer mais sobre a composição Sonata ao Luar de Ludwing Van Beethoven   (17/12/1770  -  26/03/1827).
.
A música desperta na alma impressões, e melhor do que a palavra representa o movimento, que é uma das leis da vida; por isso ela é a própria voz do mundo superior.

Claro que, unida a palavras mal intencionadas, mal educadas,  a música não é mais do que um instrumento de perversão, um veículo de torpeza que precipita a alma nas baixas sensualidades, corrompendo os costumes.

Devemos refletir para a qualidade da música que estão nos ofertando no rádio, na tv, na internet e começar a alimentar nossa alma com músicas que expressem boas palavras e  a beleza da vida apesar de todas os obstáculos  e dificuldades que encontremos em nossa caminhada.








Quem de nós não teve um momento de extremada dor?

Quem nunca sentiu, em algum momento da vida, vontade de desistir?

Quem ainda não se sentiu só, extremamente só, e teve a sensação de ter perdido o endereço da esperança!

Nem mesmo as pessoas famosas, ricas, importantes, estão isentas de terem seus momentos de solidão e profunda amargura...

Foi o que ocorreu com um dos mais reconhecidos compositores de todos os tempos, chamado Ludwig Van Beethoven, que nasceu no ano de 1770 em Bonn, Alemanha, e faleceu em 1827, em Viena, na Áustria.

Beethoven vivia um desses dias tristes, sem brilho e sem luz. Estava muito abatido pelo falecimento de um príncipe da Alemanha, que era como um pai para ele.

O jovem compositor sofria de grande carência afetiva. 

O pai era um alcoólatra contumaz e o agredia fisicamente. Faleceu na rua, por causa do alcoolismo.

Sua mãe morreu muito jovem. 

Seu irmão biológico nunca o ajudou em nada, e, além disso, cobrava-lhe aluguel da casa onde morava.

A tudo isto soma-se o fato de sua doença agravar-se. Sintomas de surdez começavam a perturbá-lo, ao ponto de deixá-lo nervoso e irritado.

Beethoven somente podia escutar usando uma espécie de trombone acústico no ouvido, o que seria para nós, hoje, um tipo de aparelho auditivo.

Ele carregava sempre consigo uma tábua ou um caderno, para que as pessoas escrevessem suas idéias e pudessem se comunicar, mas elas não tinham paciência para isto, nem para ler seus lábios.

Notando que ninguém o entendia nem o queriam ajudar, Ludwig se retraiu e se isolou. Por isso conquistou a fama de misantropo.

Foi por todas essas razões que o compositor caiu em profunda depressão. 

Chegou a redigir um testamento dizendo que ia se suicidar.

Mas como nenhum filho de Deus está esquecido, vem a ajuda espiritual através de uma moça cega, que lhe fala quase gritando.

Ela morava na mesma pensão pobre, para onde Beethoven havia se mudado, e daria tudo para enxergar uma noite de luar...

Ao ouvi-la Beethoven se emociona até as lágrimas...

Afinal, ele podia ver! Ele podia escrever sua arte nas pautas...

A vontade de viver volta-lhe renovada e ele compõe uma das músicas mais belas da humanidade: SONATA AO LUAR  (Sonata para piano nº 15, Op. 27 nº 2)

No seu tema, a melodia imita os passos vagarosos de algumas pessoas. 

Possivelmente os dele e os dos outros que levavam o caixão mortuário do príncipe, seu protetor.

Olhando para o céu prateado de luar, e lembrando da moça cega, como a perguntar o porquê da morte daquele mecenas tão querido, ele se deixa mergulhar num momento de profunda meditação transcendental...

Alguns estudiosos de música dizem que as três notas que se repetem insistentemente no tema principal do 1º movimento da Sonata, são as três sílabas da palavra por quê? ou outra palavra sinônima, em alemão.

Anos depois de ter superado o sofrimento, viria o incomparável HINO À ALEGRIA, DA 9ª SINFONIA, que coroa a missão desse notável compositor, já totalmente surdo.

Hino à alegria expressa a sua gratidão à vida e a Deus por não haver se suicidado.

Tudo graças àquela moça cega que lhe inspirou o desejo de traduzir, em notas musicais, uma noite de luar...

Usando sua sensibilidade Beethoven retratou, através da melodia, a beleza de uma noite banhada pelas claridades da lua, para alguém que não podia ver com os olhos físicos...



Hino á alegria da 9ª Sinfonia  
(convite ao amor entre os homens de boa vontade)






segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

O culpado foi o cafezinho





O culpado foi o cafezinho.
Você esperou a vida inteira
Um grande amor
E os anjos conspiraram a favor
E juntos pediram ao mesmo tempo: “por favor sem açúcar”.

Os olhos se encontraram
À beira de uma mesa
Esperando o cafezinho.
Bendita vontade de tomar café.

E como o olhar pode dizer tanto.

Oportunidade para puxar conversa
E assim ficaram, terminaram o café
E começaram a ser amigos,

E desde então sempre boas conversas, muitos cuidados
Valeu a pena, estão juntos
ainda voltam ao Catedral 
para saborear um cafezinho "sem açúcar" e muito afeto